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15 novembro 2009

A PIPA COLORIDA E A LINHA COM NÓ CEGO, FORA DO CARRETEL


Era uma vez uma pipa...que se vestia todos os dias com as mais belas cores já vistas...e não era uma pipa modesta.

Era uma vez um menino...que todos os dias colocava linha na pipa...e a pipa ia aos céus...com todas as suas mais belas cores...e também sem nenhuma modéstia.

Era uma vez, assim, um menino e era uma vez... uma pipa colorida ... bem como, também, era uma vez uma linha poderosa... sempre com nó cego.

Aonde o menino ia a pipa o acompanhava dos céus por força da linha que a mantinha sombra dos seus passos no seu espaço vital.

Nem o menino perdia a pipa de vista, nem a pipa deixava de vê-lo, ainda que tão distante.

E a linha? Era bem a linha da emoção e a pipa bailava no azul do firmamento, de acordo com a emoção do menino, a soltar ou restringir a linha, que assim a conduzia...de li mi ta da men te.

Até que um dia...a pipa com suas cores já esmaecidas, pelo longo passar do tempo, que a deixara tão desbotada, mas ainda sem nenhuma modéstia, resolveu seguir o vento.

Aliás, não era vento, era plena ventania, e lá se foi a pipa, com a linha arrebentada, passear em novas paragens e de onde estava podia ver, seguindo aquela linha cortada, outro tantão de pipas, coloridíssimas, que o menino também puxava.

A vagar, nada devagar, a pipa esmaecida ao sabor do vendaval foi ter, de maneira engastalhada, aos pés de um carvalhal.

O menino, dando falta de uma pipa, através do carretel, percebeu muito depois, que a tal pipa esmaecida tinha ficado nos céus.

E até hoje senhores tentam a pipa e o menino “desdar” o nó cego da linha, que mesmo se encontrando rompida, permanece poderosa, pois feita do melhor fio de linho.

Nem um consegue a linha, nem o outro encontrar o nó cego.

As outras pipas? ... acomodadas estão cada qual em sua linha, bem certinha, sem nó cego, ao que parece, seguindo o menino...presas ao seu carretel.

E a pipa colorida, agora esmaecida, mesmo sem encontrar a linha, acompanha, ao sabor do vento, o dono do tal cordel.
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E assim termina, por ora, a história da pipa... e a linha com nó cego...fora do carretel.
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Criado e postado por
Domingo, 15/11/2009

Um comentário:

  1. Excelente historiadora!
    As crianças adorarão!
    Eu adorei e já sou meio crescindinha.
    Até estou querendo ser a pipa,
    mas prefiro ser o nó cego.
    Parece mais comigo.
    Beijo grande, menina!

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