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17 março 2010

A ESPERA


Quem me dera que a saudade fosse um cavalo alado e pudesse nos transportar pra visitar quem partiu daqui pra lá.

Quem me dera que a quimera fosse a realidade do dia somado a todos os dias do passado trazido da alma e de lá pra cá.

Quem me dera a chave do armário velho em que um dia pra não morrer junto com você tranquei meus sentimentos maiores lá.

Quem me dera que Deus fosse um menino e brincasse de empinar o arco-íris como se fosse uma pipa mágica vinda de lá pra cá.

Quem me dera um segundo, apenas um segundo, pra novamente te reencontrar aqui, lá ou acolá, para simplesmente poder te abraçar

Quem me dera esse amor bandido, retido, cansado, cantado, iludido, ilusionado, mantido em si bemol e em sustenido, pudessse novamente revigorar.

Enquanto o quem me dera é fruto da espera...eu sei que lá estarás a me esperar.

Homenagem a Carlos Alberto Lopes

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

4 comentários:

  1. "QUEM ME DERA"... TANTAS E TANTAS COISAS...
    SÓ NOS RESTA A "ESPERA".
    TENS DIVINA INSPIRAÇÃO, NA PROSA E EM VERSOS.
    BEIJOS DE LUZES E CORES.
    MARILÂNDIA

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  2. Márcia,
    Como entendi esse processo de saudade: meu filho, lá na Europa, e que eu não tenho podido ver. Quem me dera... ; minha mãe, tão amada, que se foi em agosto... ai, quem me dera!
    Eliane F.C.Lima

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  3. Quem me dera... contar com tamanha inspiração e poder dizê-la da forma tão magistral como o fizeste.
    Márcia, querida amigo, meu carinho e minha admiração...
    Grande abraço.
    Alberto Afonso

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  4. Boa Noite Poetisa!

    Quem dera! Que linda tua prosa, uma expressão cheia de encanto, saudades e muito carinho!
    É um jardim de rosas teu blog, meus parabéns!
    Beijos da tua fã, Taís Mariano

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