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08 outubro 2009

Descoberta de um espectro


I



Caminhante noturna
Sozinha e tão triste
Para onde caminhas
No rumo das estrelas
O pó da estrada
Encobre tua face
Nubla teus olhos
Envenena tua alma.


II
Caminhante noturna
Por véu embuçada
Silhueta alquebrada
Queda e insensata
Na noite vazia
No sonho agonia
Caminhante sou eu.


Márcia Vilarinho
20/06/69


PS: Essa descoberta poética, em mim, na figura de um espectro, deveu-se à primeira desilusão amorosa, que foi lição valiosa, em que aprendi, na prática, que nada acontece por acaso, pois se o casamento houvesse se dado, então naquele momento, eu não teria conhecido o verdadeiro companheiro, que suportou galhardamente as intempéries do tempo e a fúria do vento, com a força do amor.

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