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26 setembro 2009

Que saudade grande eu sinto de você


Destranquei o armário onde guardei minhas emoções pra não morrer com você e hoje seria, com certeza, dia de festa, com o eterno problema do bolo.
Que saudade grande eu sinto de você!

A vida nos fez aprendizes de verdade, quanta dor, quanta alegria, entre nós tudo ou foi salgado demais ou doce em demasia.
Que saudade grande eu sinto de você!

Das eternas brincadeiras, do bom humor, dos dias azuis, e dos cinzas também, nossos carinhos, nosso querer bem mais que querer bem.
Que saudade grande eu sempre sinto de você!

Das brigas e arrufos, das controversas
polêmicas, que terminavam em riso, porque você nunca deixou de ser Peter Pan e me fez Sininho eternamente.
Que saudade grande eu sinto de você!

Não pude chorar a sua partida, tão sofrida, e o vazio que ficou em mim está doendo pra sempre, muito mais do que tudo que me espatifou já doeu.
Que saudade grande eu sinto de você!

Eu olho pela janela da vida e revejo cada momento, que força precisamos ter, sem tréguas, um momento sequer, primeiro eu, depois você.
Que saudade grande eu sinto de você!

Trilhas na neve, nas montanhas, como dois apaixonados não só pela vida, senão um sempre pelo outro, desde o dia em que você me raptou pra si.
Que saudade grande,
Ka, eu sinto de você!

Era a partida, a despedida e o amor foi maior do que alguém conseguiu imaginar, juntos nas lágrimas profusas do chorar.
Que saudade
Ka, que saudade grande eu sinto de você!

Nossas músicas todas estão guardadas, longe daqui, porque eu não quero escutá-las sozinha, nunca mais, nunca mais.
Que saudade
Ka, que saudade grande eu sinto de você!

Tome, receba o abraço da minha alma que prometeu viver sempre sem se entristecer com a sua ida, e foi esse o seu último pedido, mas não dá.
Porque que saudade maior ainda
Ka, eu sinto de você!

Eu abri aquele armário onde guardei todas as emoções pra não morrer com você e tenho que o arrumar, porque as emoções não cabem mais nele.
De tanta e tamanha saudade que eu sinto de você!

Todas as minhas brincadeiras, minhas palhaçadas, minhas
pirraças, sempre zombeteiras pra que, ao final, você achasse graça.
Ka, é muito, muito grande a saudade que eu sinto de você.


E quando eu me lembro do caminhar, juntos, de mãos dadas pela praia, criando as nossas próprias sombras, formadas pelo por do sol, e tirando fotografia delas juntinhas como nós.
Ka, eu sinto muita, muita saudade de mim em você.

Hoje, Ka, especialmente hoje, nada me consola.
Porque é grande, muito grande, a saudade que eu sinto de você.

Márcia

25-09-2009

Um comentário:

  1. Saudade...
    Não é apenas uma palavra solta ao vento!
    Ela se faz presença, rasga dimensões,
    cava crateras...
    Mas ainda bem que ela existe!
    E que bom termos o sentimento
    que a transmuda em versos.
    Talvez seja a porta para a nossa catarse.
    Parabéns pelo texto!

    Beijo, querida!

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