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25 setembro 2009

Corpo e alma


Minha'alma retrata o meu rosto e corpo de cigana
No sonho que parece espaço etéreo e virtual
E que, no entanto, traz de real
As rodas do carroção
Transformadas em cadeira que transporta
A nova morada
semi-inerte
Que é apenas instrumento
Pra realizar as tarefas ditadas lá no além
Que com certeza vêm
Como segunda época
Na matéria sedução
E assim segue a cigana
E em seu intento
Continua no carroção
Só que a cigana se esconde
Na alma que habita o corpo
Mudo, em parte, na sua expressão
Vibra a cigana, entretanto
Em todo seu coração
A
intermitente
alegria e vida
Mais amor e liberdade
Muito além do tempo que marca a idade
Para toda e qualquer encarnação
Segue, cigana atrevida
A tua vida vivida nas marcas da contenção
E a tua vida vivendo na alma em ebulição
De maneira colossal
Toda a paixão ideal
Segue cigana atrevida
A estrada no carroção
Que quem lhe vê com os olhos
Não alcança o coração
Nem lhe sente a batida
Da alma que ali habita
E o faz ribombar em canção
Dualidade sentida
Extravasada e vivida
Na cigana em seu carroção


Márcia Vilarinho
25-09-2009



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