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12 setembro 2009

Toalha florida na mesa descolorida



Campos de verdume sem igual
Matizados em tons desiguais
Sons diversos
Pássaros aves
Pássaros de ferro
Em grandes passos
No infinito do espaço
Montes imensos
Montanhas recém nascidas
Dsgastadas e mortas
Ressequidas pelo tempo
Beijadas pelo vento
E em meio a isso
Cidade pequena
Interior do Estado
Lembranças do meu eu
Casa de meu avô
Tapera palácio rica em lembranças
Vazia e repleta de sentimentos
A mesa de madeira fosca
Onde nunca faltou o pão
A mesa isolada
A casa perdida
Eu parada
Parada no tempo
Correndo pelas recordações
Revendo a fisionomia triste
Da avó angelical que morreu
O rosto tristonho de minha mãe
Que se reascendeu na alegria
De um novo lar
A família unida na dor
A família unida no pranto
No pranto que todo mundo já esqueceu
Casa tapera
Palácio quimera
E sobre a mesa fosca
Um pedaço de tecido colorido
Toalha florida
Que alguém teceu
Toalha florida
Na mesa descolorida
Que a todo mundo serviu
Canto sonoro
Que hoje canto eu

Márcia.
S.P. 09/06/1970

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