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28 junho 2011

Feliz

Feliz
Eu vou detonar o relógio
Vender minha casa
Juntar minhas economias
Se sobrarem dos impostos
Vou pegar um ita pro Norte
Procurar uma praia
Um coqueiral
Uma casa pequenina
Com extensão virtual
Que me abrigue do frio
E me alimente de simplicidade
De frente pro mar
Sem quadros na parede
Pintura natural pela janela
Em tela assinada por Deus
Pela manhã tapioca e mel
Depois a qualquer hora
Frutas em frutal
Durante o dia inteiro
Pintarei telas imaginárias
Em interessantes conversas
Em linguagem primitiva
Permitida
Com os nativos no local
E com os parceiros do além
Anjos também
Serão reflexões puras
Simples e exatas
Que transformarei
Na mais pura poesia d’alma
Que venderei em cordel
E durante os espaços do sol
Estudarei música com o vento
E lerei os pensamentos do céu
E se perguntarem onde anda a Vilarinho
Digam que se encontrou
E da cidade grande se mudou
Sem telefone, sem CPF ou RG
Menos ainda título de eleitor
Sem saber de conta bancária
Siglas de qualquer espécie
Terá apenas endereço certo
Em sua casa e emoção
Pra receber em abraço aberto
Feliz
Os amigos do coração

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

2 comentários:

  1. Linda poesia como sempre querida Márcia, quando lá chegar não deixe de um postal enviar.
    Pois poesia feito a sua, se engrandece neste seu lugar!

    Beijos

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  2. Ai, que delícia! Também quero um lugar assim.
    Abraços e me aguarde, porque onde você for eu também vou.
    Tânia

    ResponderExcluir

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