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08 junho 2011

Amanheço...assim


Despertei-me assustada
Pensamentos desestruturados
Sobre ações de trabalho
Em visão embaralhada
Nos diferentes liames do universo
E quando isso acontece
Ressalto o salto da cama
E vou, incontinenti, verificar
Se há mesmo algum problema
A sanar
Ao acolher as mensagens
De mentes em sintonia
Pelos caminhos do sono
Além da esfera do tempo
Das pessoas daqui
Junto às pessoas de lá
Tempo em dissintonia
Esperanto no falar
Tradução sem esperar
E, então, acordada
Revista e acalmada
Faço um café que rescende
Abro a janela iluminada
Por uma luz interna
Parecida a neon
Coração do computador
Passeio os olhos
Pelos canteiros de poesias
Saúdo o canto dos poetas
Colho o perfume dos versos
E amanheço, assim
Em mim
No reverso do meu próprio verso

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes


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