De repente
Não mais que de repente
Eu queria o tanque de roupas
O quarador e o varal
E depois a roupa cheirando a sol
Sem amaciantes sem nada
Sabão de pedra
Feito no quintal
Anil comprado na esquina
E o ferro que pesava tanto
Pronto pra desamassar
As rugas do algodão
Por que sintético
Não tinha não
Sabonetes guardados
Em todas as gavetas
Sachês pendurados
Entre os cabides
Do velho guarda roupas
O rádio em melodia
A gente em sintonia
Sintonia maior de amor
Lá fora
Flores se abrindo
Em todos os nossos jardins
E na cozinha
O perfume da comida
Feita com tanto esmero
E cuidado....e sabor
Com gosto de quero mais
E chegando da escola
O destampar das panelas
E a surpresa e a espera
Sempre e cada vez maior
A família reunida à mesa
E minha mãe em tudo ao redor
De repente
Não mais que de repente
Agora...
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Em homenagem a minha mãe Ortência Fernandes Peres, em seus 90 anos de idade
Fantástico! Adorei, me fez recordar muitas coisas boas.
ResponderExcluirBeijos
Minha querida
ResponderExcluirHoje não podia deixar de passar aqui para desejar um FELIZ DIA DA MÃE.
Beijinho com carinho
Sonhadora