Tão cansada atiro os sapatos pra fora
Retiro os brincos e fico nua de mim
Nos atabaques do meu ritual feminino
De cada dia
Tão cansada mastigo lentamente a comida
Assim como meus olhos mitigam a luz
Que já não sei se natural ou da lua
De cada noite
Tão cansada me atiro e me estiro na larga cama
Olhos fechados, alma em doce vôo
Em pés descansados chego ao jardim em flor
E na relva etérea você me colhe, sempre
AMOR
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Postado e criado por Márcia Vilarinho
Despirmo-nos de nós mesmos não é tarefa fácil.
ResponderExcluirPudera fazê-lo com maestria.
Assim dia após dia a dor que assola meu ser.
Ficaria noutro lugar, a fim de não me fazer padecer.
Lindo poema Márcia.
Muito bom estar aqui!
Beijos!
Que lindo poema!
ResponderExcluirPerfeita construção,
belas metáforas
e mágica fantasia.
Irretocável.
Leva-nos ao paraíso da poesia!
Beijo, querida!
Vc é uma poeta excelente!