Sentada num canto, tal qual boneca de pano, vislumbrei o céu, plenamente azul, acomodada num tapete voador escondido em minha mala.
Na estação das águas claras, as pessoas circulavam em uníssonas gargalhadas de alegria, algumas dentro da água, outras ao sol.
Em poucas pessoas, meus olhos acostumados ao brilho do nascer de cada dia, conseguiram perceber algumas gotas de amor.
E o sol, causticante, aquecendo intensamente o meu corpo se fez também clamor de alma que num pequeno e desvalido brado disse adeus.
No trem da vida, vários passageiros sobem e descem, alguns permanecem, outros se vão...não apenas durante a viagem...mas, sobretudo, do nosso coração.
E a boneca de pano em seu vestido de chita esquecida ali num canto ainda faz da vida um mágico eterno encanto.
COSTURANDO DIA 22
Há 4 horas
Querida amiga Márcia Vilarinho: vim visitar este
ResponderExcluirseu blog sabendo que iria encontrar sua sabedoria
e sensibilidade espalhadas nele.
Gostei muito. Seu texto "Boneca de Pano" é lírico
e verdadeiro. Você, Márcia, é uma Observante, e
fico muito feliz com isso.
Abraço do
Théo Drummond
Belíssimo texto!!!
ResponderExcluirÉ um DOM maravilhoso de fato!!
Abraço,
Júlio