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15 julho 2011

Sortilégio



Cai a chuva em mim
E as flores do jardim
Em perfumes tantos
Entre eles do alecrim
E as margaridas
Me vestem
E o sol
Em anéis de ouro
Me adorna e orna
Piso descalça na terra
Montada em Pégasus
Abraço o outeiro
Pisco pro céu
Recebo da estrela
Que cai e cai
Um sortilégio
.
Cai a chuva em ti
Sois Pégasus
E as lamparinas da rua
Fazem o papel da lua
Desenhando a mim
E me procuras
E não me vês
Escondida estou
Longe bem longe
E então você abraça
O candieiro
Percebe a queda
Da estrela
Que do céu
Se esvai e cai
Num sortilégio
.
Cai a chuva em nós
Desvestindo margaridas
Apagando as lamparinas
Em meio ao cheiro do alecrim
Perde-se o ouro dos anéis
Desfalece o outeiro
Resta o abraço forte
Iluminando a lua
Desenhando a nós
Corpos descalços
Em Pégasus
À sombra do candieiro
Segurando a estrela
Que cai do céu
Unidos num sortilégio
Inteiros de amor
.
Criado e Postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

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