Que me perdoe Nélson Rodrigues
Por contrariá-lo
Porque estou jogando falsas roupas fora
E esfoliando a hipocrisia a cada dia
.
Que me perdoem todos os inexpressivos
Por contrariá-los
Porque estou tirando a máscara
E desnudando o olhar ao caminhar
.
Que me perdoem todos os inconformados
Porque em movimento
Os remendos todos foram atirados fora
Porque me fiz poesia vestida de Universo
.
Que me perdoem todos os incógnitos
Porque minha escrita se faz real caminho
Em que minha nudez desfila
No amplo espectro das reflexões
.
Que me perdoem também os pregressos
Em todos os seus retrocessos morais
Porque a minha voz será sempre canto de arauto
Retificando injustas situações
.
E ainda que me perdoem os modelistas
Porque nacarada como asas de borboletas
Saio às ruas è às vielas de mim
Buscando novos tons do arco íris sem fim
.
E por fim que me perdoem os intrigados
E também os intrigantes
Pois minha nudez não será castigada
Porque vestimenta de minha própria alma
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
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