As brisas deslocam fatos
Do ontem que chegam ao hoje
Em forma de ventania
Pedaços de sentimentos
Bordados dentro de mim
São dunas em plenas praias
Na minh’alma agitada
Sem porto e sem nem um cais
São feitas de grãos de areia
Que somados geram milhas
Sem visão por escotilhas
Desse teu medo dolente
Desse teu ser simplesmente
Amigo tão sem abrigo
Amigo órfão de amor
Sem choupana nem sapé
Sem choupana nem sapé
E hoje não reconheço
Nem teu verso nem tua fala
Porque a amargura cala
A minha decepção e dor
Recolhe-te como feto
Embrião posto em muralhas
No útero do desamor
Deserto do meu calor
Que nas noites e nos dias
De solidão tão presente
Ao teu redor firmemente
Era teu lume e teu cetro
Pondo-te como um rei
E esse lume apagado
Assim por ti descuidado
Fez que de forma latente
Sumisses dentro de mim
E o teu eco longínquo
Em tuas próprias muralhas
Será sempre tua fala
Voltada somente a ti
.......
Dunas em vendaval
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Aplausos a você Márcia. Como sempre toca os nossos corações com suas poesias. Beijos ;)
ResponderExcluirMàrcia querida, este poema é tão lindo, tão profundo e intenso que chega a arrepiar, conforme vai-se lendo!
ResponderExcluirMagnífico minha amiga!
Beijo com carinho
Bea
Querida Márcia,
ResponderExcluirAcabei de fazer uma das mais belas leituras.Pronfundo êxtase de sentimentos interpretados neste bordados de linhas.
Beijos de muita Luz!