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04 fevereiro 2013

O alpendre, a cigarra e eu

I
Do alpendre do apartamento
Que alpendre me faz lembrar
Da samambaia  de metro
Bonita em sua folhagem
Companheira de passagem
Da infância em sonho aberto
II
Desse  a l p e n d r e
Onde me sirvo o café da manhã
Enxergo árvores e ninhos
De gente e de passarinhos
E pela manhã o sol adentra
No brilho que reinventa
 
III
E à noite....
Nesse mesmo alpendre
A lua ciumenta
Vem competir com o sol
E sensualmente lenta
Também é da vida...o sal
IV
 
E hoje no meu alpendre
Chegou sorrateiramente
Uma cigarra que cantou
Cantou e encantou
E de tal forma se anunciou
Que me vi formiga latente
V
E prometi
Aos frequentadores do alpendre
Às folhinhas e aos raminhos
Que mesmo sendo formiga
Vou modificar-me um pouquinho
Aprendendo a cantar também...
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Momentos”


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