Sentada à luz das velas
Espero a chuva passar
E as paredes são telas
Pra imagens a projetar
E os meus dedos se unem
E fazem um coração
E de repente voláteis
São pássaros a voar
Que faço movimentar
E uma formiga que corre
E um elefante que para
E uma vida sem cores
E sombras a propagar
E as velas se queimando
Chegam a se apagar
Como se fossem cortinas
Do teatro a se fechar
No momento certo
Em que as lágrimas
Teimam em soluçar
Como as gotas da chuva
Escorrendo pelo ar
Falam de um tempo presente
Que nada pode mudar
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Sombras e Imagens”
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