Fruta de duas vidas juntas sementes de amor
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Em liberdade ainda a mulher, jovem criança e menina
De braços dados de novo na mesma nave principal
Viu repetirem-se as cenas da constância conjugal
Em que a filha encontrara o seu caminho natural
Tal qual como ela e ele um dia se fizeram casal
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Em liberdade a mulher agora assim tão viúva
Que e viuvez vem da morte e da colheita dos dias
Ainda sorria com a alma em vida tão bem sorvida
E perseguia nos sonhos as asas das borboletas
Querendo pegar-lhe as cores pra enfeitar o sol
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E nesta noite, a mulher, ainda assim enlevada
Tendo no peito incrustrado um ardente coração
Escreve poesias com rimas assim relembradas
Pelo tempo em que se tornou asas das borboletas
Nas cores orignárias que em si própria mitigou
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Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Em liberdade a menina
De tranças cadentes
Corria atrás das borboletas
Querendo pegar-lhe as cores
Para enfeitar os feixes do sol
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Em liberdade a jovem depois de menina
Pé ante pé, descalça, com os sapatos na mão
Quase lhes quebrava o cristal simbolizado então
Pela carruagem e a abóbora história sem ficcção
Cuja Fada Liberdade lhe opusera em contramão
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Em liberdade a mulher depois de jovem e menina
Em branca camisola de transparentes cambraias
Se erguia da cama encantada de romance e de sabor
Pra achegar-se ao berço da criança que nascera
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