Reencanto

Num canto qualquer do meu coração

Você se acomodou e adormeceu

E foram tantos dias mornos

Sem tempestades de verão

Que me acostumei ao inverno

Aquecida pelas lembranças

Do teu eu

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Num canto qualquer da minha vida

Você ficará como quem esqueceu

De ser o que sempre foi

Ou o que era

Pra abdicar de ser o que será

E o tempo...... passará

Carregando seu apogeu

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Sementes do amanhã?

Somente as que possam brotar
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Márcia Fernandes Vilarinho Lopes