Quando um homem chora
Rompe-se o dique da contenção
Massificante e mascarada
Na quebra da violação ao sentimento
Que se faz de forma contumaz
Desde que nasceu
Para ser assim macho capaz
Quando um homem chora
A dor da perda mais doída
No abraço solidário da mulher amiga
Na soma da ferida repartida
Ao ver o fim da vida
De um filho amado
Quando um homem chora
Não há soluço
Apenas um pranto continuado
Que jamais se permitiu nascer
E nesse momento chora ele
E choro eu.....
Que chore o mundo
Por que a raiz partiu
E a árvore ao ver o fruto despencado
Não suportou
Ruíu....
Somente em novas sementes
Lentamente a germinar
Poderá quem sabe um dia
Novamente suplantar
Deixem chorar portanto
Todos os meninos
Que a lágrima
É sinal de igual
Na equação da dor
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
(em lágrimas)
Que maravilha de poema! Filosófico e reflexivo, além de escrito com o coração e a alma de uma grande poeta, um espírito evoluído e muito iluminado. Amei!
ResponderExcluirBeijos da Genaura Tormin
Lindos e doloridos versos!
ResponderExcluirQuem não chora, vendo aquele que se diz forte, chorar?
Sabe, nunca vi meu companheiro chorar!
Beijos, sua fã:
Tânia SUZART
Verdade, Márcia, não há nada como ver seu fruto despencado para fazer um homem ruir, chorar, sofrer. Você, como sempre, mais do que ninguém, sabe sentir o sentimento do próximo.
ResponderExcluirSua poesia continua forte, muito forte.
Abraço do Amorim