
Sentada frente ao sol
Na sacada de minha casa
Olho o dia e bebo a luz
Feita da Noite de Natal
Ao meu lado um pinheirinho
Frágil como um segundo
Feito do oxigênio do mundo
Parece querer conversar
E me conta dos momentos
Tantos que já viu passar
Diz me da saudade da mata
Da simplicidade natural
Das sementes em gestação
Que sempre são mutação
Diz me das sementes da vida
Dos seres em expansão
Diz me da desenvoltura
De seus galhos se formando
Prontos a receber os ninhos
E o canto dos passarinhos
Sempre voltados ao céu
E livre como um menino
Fixo em suas raízes
Preso nos seus limites
Vive a contradição
Buscando a realização
Tanto quanto eu
Somos na lei do universo
Parentes em extinção?
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes