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29 maio 2010

AMOR LETAL

Sonhou que era musa
Querida
Referida

Amou em cada célula
Ampliada
Refletida

Chorou em cada lágrima
A rejeição
Da vida

Explodiu em cada urro
A dor da ausência
Na partida

Morreu em cada morte
De emoção sentida
Desvalida

Criado e postado por Marcia Fernandes Vilarinho Lopes

22 maio 2010

INTERREGNO



Meus ouvidos ouviram
A tua súplica, dormitando
que estavas em mim

Meus olhos te viram na penumbra
E te enlaçaram
postos em ti

Minhas mãos tateando o tempo
Encontraram o vento.
levando a mim e a ti

Minha voz, rouca, acordou
Murmúrios de sonhos
que estavam aqui

Meus lábios entreabertos, então
Na flacidez da manhã
encontraram os teus

E fomos tão somente você em mim
Eu em você...

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

19 maio 2010

Eterno amor eterno



Tua alma impregnada à minha
Sela meu corpo
Com teu perfume
De eterno amor eterno

E quando a noite chega
E a saudade despenca
Sob aplausos das estrelas
O teu perfume invade
Toda a alcova
Todo e qualquer compartimento
Em que habito
No planeta
Vazio de ti
Do teu sorrir
Do teu abraçar

E quando o dia acorda
E o sono voa
Levando o sonho até ti
Eu acordo e bebo
Ainda
O teu perfume
De eterno amor eterno
Como se fora
Alimento d'alma
A me sustentar
Na saudade que te clama

E quando no futuro
Na aldeia etérea eu te reencontrar
Vestida de alegria
Podendo novamente andar
Na hora em que eu assim chegar
Devolverei o teu perfume
Em mim
De eterno amor eterno
A eternizar
Desde o primeiro afago
Ao seu continuar, sem rumo...

Criado e postado por Márcia Vilarinho

17 maio 2010

Como o mar



Eu não saberia mais viver sem a tua voz
Eu não poderia mais sorrir sem o teu rir
Eu não queria mais sonhar sem te amar

E, de repente, o sonho se realizou fremente
E fomos passear até o mar
Em juras, jogando o jogo do contente
Jogamos para a maresia toda a falta de alegria
Que nos avassalou
E o mar voltava e o mar ia
E os teus pés descalços se vestiam dos molhados
Feitos de gotas de luar esparramado
E no teu colo eu ia
E no teu colo eu voltava
Como o mar...

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

15 maio 2010

AH! COMO EU GOSTO DE VOCÊ



Assim como a flor está para o canteiro
E a semente está para a própria flor
No grande círculo interativo
Chamado vida
O meu coração pede o seu
Como berço de carinho
No aconchego do amor

Assim como a asa está para o pássaro
E o pássaro está para o próprio vôo
Na amplitude do caminho
Feito no ar
Rumo ao firmamento
A minha vida pede a sua
Como reta paralela
Na busca do amor

Assim como o arco íris está para a chuva
E a chuva está para o próprio sol
Nos contraditos da beleza natural
Chamados mistérios
Da alma do universo
As minhas cores pedem as suas
Como forma de pintura
Numa tela especial
Chamada amor

Ah! como eu gosto de você...

O GIRASSOL E A BORBOLETA



És girassol
Sou borboleta
E todas as vezes
Que te beijo
Em pensamento
Sem palavras e obras
És girassol
Sou borboleta


Criado e postado por Márcia Vilarinho

07 maio 2010

Seu sorriso em mim


Ah! Esse seu sorriso.
Esse seu jeito infernal
De cativar sempre
Tange a alma da gente
E do tempo emana
Alenta, acalenta, acalanta
Em busca que seduz
Sedução nata
Daquelas que o cidadão traz
E esparrama pelo caminho
No tom da voz
No jeito de olhar
Na atenção e no carinho
No ponto certo, nem mais, nem menos

Ah! Esse seu sorriso
Menino, moço
Moço menino
É de tal maneira intenso
Que chega a ser insano
Por que você sorri inteiro
Sorrateiro, alvissareiro
Em sabor e cor de leveza
Absolutamente intrigante
Você vem
Na chama do desejo
E com esse sorriso verdadeiro
De mulher você me faz criança
Com vontade de brincar....

Criado e postado por Márcia Vilarinho

03 maio 2010

Carta a Jesus, para ser entregue para a Luciana


Um dia, em situação tão parecida, nós estávamos juntas no Hospital, onde lhe iam extrair o baço, e então eu pedi muito a várias pessoas, todas amigas de Jesus, que se mantivessem em vibrações positivas por você e aí você me perguntou o que era vibração.
-
Pela janelona do Hospital entrava, naquele momento, um raiozinho de sol, e eu o mostrei a você, que era ainda tão pequenina, e disse que ele era parte do pensamento das pessoas enviado pra você ficar boazinha logo.
-
Então Lú, que todos os raiozinhos do sol, nesse momento possam chegar até você, juntamente com aquele amigo, de que tanto lhe falei, que é a quem peço para entregar essa carta, agora, pra você.
-
E peço, ainda, a ele, que da mesma forma como lhe permitiu ter um corpo saudável para essa encarnação, que ele lhe seja, assim, mantido para você continuar a frequentar, com toda a sua alegria e dinamismo e vontade e braveza, essa escola da vida, juntamente com esta sua colega, que desta vez teve a felicidade de vir como sua tia.
-
Lú, eu amo você muito, muito e muito.
-
Beijos




02 maio 2010

Reencontro de amor



São teus olhos que me prendem
Neste diálogo mudo
Aos ouvidos de mortais

Amo-te tanto, tanto.
E tão longe estás
Da sintonia da vida
Do barulho do mar

Dos passos que demos juntos
Dos abraços que enlaçaram
Nossas vidas colossais

Perto demais estás
De todos os arcanos
Em notas musicais

Amo-te partitura da minha vida
Tela de seda tecida em pinturas
De nossos tempos vividos
Em felicidade total

São teus olhos que me buscam
Faroletes multicores
A provocar-me amores
Amores que não se vão

Eternos que se refletem
São teus olhos que me abraçam
Na fumaça desta alma
Que brilha como o luar

São teus olhos que acalentam
Essa doída história
Que foi felicidade um dia
E hoje é amor de outrora

Amo teus olhos
Guias certeiros
De caminhos matreiros
Que me fazem estar aqui

São teus olhos
Que hoje choram o amor
Mais puro e derradeiro
Que meu corpo já cantou

Ah! Teus olhos são tua alma
Gritando apenas.... saudade
-
Sentido e postado por Márcia Vilarinho

01 maio 2010

Ciúme


No jardim das cumeeiras
Bem no alto perto ao céu
Flores de cristais reflexas
Matizes de luzes ao léu
Caleidoscópios sem véu

No topo da serrania
Em que o ar transpassa
Movimentos mágicos
Nas asas dos pássaros
Formando a trilogia
Da beleza máxima
A fomentar a paz
Desponta uma flor
Ao lado do jardim
Em vulto de mulher
Lívida e incolor
Aborrecida se vê
Porque ali não está

E no jardim das cumeeiras
Bem no alto perto ao céu
Surge então o ciúme
Sem caleidoscópio
...só com véu

Criado e postado por Márcia Vilarinho